Amor-te

sexy sangue menina

Ela morreu gozando!…

É sério!… Calma, eu explico! Enquanto muitas mulheres querem saber como ter um orgasmo, ela só queria parar o dela…

Seu nome era Linda! Aos dezesseis anos recebeu dois presentes. Era uma garota calma, insegura, magérrima, comprida… Um verdadeiro varapau, como a chamavam na escola. Os dois presentes de Deus foram: Seu primeiro mênstruo, um deles, que a tornou famosa na escola, pois, totalmente desinformada, achou que iria morrer. Começou a chorar e correu para o banheiro, seguida por uma cambada de meninos e meninas e, logo em seguida, por algumas professoras. Os meninos queriam entrar a qualquer custo para zombar ainda mais da esquisita que escorria sangue pelas pernas.

Ficou famosa porque logo depois teve uma “aula especial” só para as meninas na sala onde estudava. Os meninos ficaram de fora especulando sobre o alijamento e sobre tamanha sanguinolência.

O outro presente recebeu dois meses depois. Estava fazendo uma pesquisa quando, à toa, do nada, começou a ter contrações e palpitações inexplicáveis… Linda achou que queria fazer xixi, mas ao mesmo tempo deu vontade de rir – prendeu o riso com as mãos. Arfou, contraiu as pernas, sentiu sua vagina encharcar, molhar a calcinha; contraiu o abdômen e sentiu uma coisa subindo em seu corpo. Coração batendo a mil e a respiração acelerada não impediram de gemer, prendendo a boca pra sua mãe não ouvir. Tentou se “arrastar” até o banheiro, prendendo as pernas. Achou que iria enlouquecer.

Gozou!… Muuuuuuito! E gemeu bem alto, não conseguiu se contiver. Sua mãe a acudiu.

Levada ao médico, deu uma gozada logo após ele perguntar à mãe o que ela sentia. Diagnosticada com Transtorno da Excitação Genital Persistente, conhecida pela sigla inglês PSAS, um quadro clínico que gera sinais fisiológicos de excitação sexual sem a presença de desejos ou estímulos. Podem ocorrer inesperadamente. As causas ainda são pouco estudadas e não há cura, mas, tratamento, incerto.

Aí, todos podem imaginar as inúmeras situações vexaminosas a que Linda foi submetida; uma das mais afrontosas foi no enterro de seu pai. Todos chorando e ela gozando. Teve seis orgasmos em duas horas de funeral.

Aprendeu na internet que auto estimulação pode proporcionar alívio, mas o lenimento foi ficando menos eficaz ao longo do tempo; e começou a achá-lo angustiante, pois além dos gozos provocados, tinha os espontâneos.

Cada vez mais esquisita e mais alijada da sociedade. Resolveu seguir seus estudos pela internet. Estudou, arrumou emprego e noivo. Seu nome: Osvaldo!

Osvaldo não era um cara cem!… Não era uma pessoa com cem por cento do controle sobre suas faculdades mentais. Talvez noventa. Ou, quem sabe, cento e vinte! Mas se apaixonaram. Ele vendia jogos para um Startup, que levava um belo quinhão, mas ainda assim o deixava com um bom poder financeiro. Casaram… E mudaram de cidade. Após a morte do pai, a mãe de Linda entregou-se às bebidas e às drogas. Teve uma overdose na “cracolândia” e foi enterrada como indigente. Degredada em sua própria casa, Linda nem se emocionou, ao saber da história. Não podia se emocionar que gozava de novo!

O casamento foi discreto. Ele, também era um cara reservado, e de poucos amigos, menos ainda de amigas. Por isso se tornou um voraz devorador de sites masculinos, onde se deliciava inúmeras vezes. No entanto, todavia, contudo, nada obstante… Era muito rápido gatilho!… Começou, nem dava tempo de gostar, terminava!

Na lua de mel… E haja mel… Lambuzaram-se, no sentido literário… Claro, tiveram a sensatez de ligar o som, a TV e os cachorros no mais alto volume. Na verdade, os cachorros se acionaram a si mesmos ao ouvirem a intensa balbúrdia advinda da casa com novos moradores. No dia seguinte, e por uma semana, ele gastou uma nota fazendo um tratamento acústico do quarto, cozinha e sala, onde mais ela ficava. Durante este período, pegaram o carro e seguiram para um local deserto. Foi melhor, teriam dez homens trabalhando na casa. Quase zeraram os vestígios de seu louco amor. Apenas os cachorros percebiam e alardeavam.

Eram tão discretos que mal saiam de casa, e quando o faziam, entravam no carro, abriam o portão automático e seguiam. Ambos trabalhavam no sistema home office.

E viveram orgasticamente felizes por alguns anos, até que ele chegou e a encontrou morta! É!… Havia tido um orgasmo daqueles e caíra no banheiro, batendo a cabeça na pia. Pá, pou!

Chorou! Chorou e chorou… Muuuuito! Colocou-a na banheira, deu-lhe um banho e a secou. Depois, levou-a para a cama, vestiu-a, primorosamente e, em seguida, fez umas pesquisas na rede mundial de como preparar um embalsamamento. Não iria perdê-la, assim.

Em vários momentos dos dias conversava com ela. Às vezes, até discutia. Oswaldo e Linda se amavam sem traumas. Haviam nascidos um para outro, certamente. Jamais se separaria dela.

Passaram-se seis meses. Movimento de curiosos e policiais. Várias viaturas. A polícia fora chamada exatamente pelo total silêncio dos cães. Ele percebeu o movimento lá fora, cedo.

Os policiais arrombaram a porta e entraram. Encontraram-no morto, com uma faca cravada no coração… Abraçado a sua amada.