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Um corno realizado

Sexta-feira, quatro horas da tarde, na cidade de Altos Galhos.

Jairson desce do Uber impaciente. Depois de duas horas de viagem, do aeroporto até sua casa, tudo o que ele queria era tomar um banho, comer o que Suellen fez, comer a Suellen e depois dormir, não necessariamente nessa ordem, pois Suellen era Suellen, a gostosa da cidade. E depois de cinco dias fora, ele precisava marcar um gol para ela parar de encher o saco dizendo que ele trabalhava muito e não tinha tempo para ela.

Ele dava tudo de bom para ela, o quê mais ela queria? 

Dava-lhe uma boa mesada (que ela gastava comprando coisas para casa, aí não era problema dele), fazia compras fartas para casa (a despensa estava sempre cheia e ainda assim ela reclamava!). Ele já havia explicado que não podia se ausentar do trabalho, ainda mais quando os colegas da empresa entravam de férias. A última discussão foi sobre tirar férias em janeiro: Caramba, ele já tinha explicado que em janeiro os colegas com filhos precisam das férias para curtir a família, e como era só ele e Suellen, ele preferia tirar em março, abril, mas ela queria em janeiro e ai era aquela aporrinhação constante. 

Ela não ia arrumar outro melhor que ele não, ele era a salvação dela. Devia parar de reclamar e dar graças a Deus por tê-lo como marido. Ela só tinha namorado tralha! Ele era o cara! 

E por conta dessas discussões, ela não queria ir para os cultos com ele. As irmãs o olhavam com dó e falavam sempre: “Ahhh, seu Jairson, um dia ela vem, vamos orar, irmão”.  

E Suellen queria o quê? Que ele fosse com ela ao shopping, cinema, festas e outros eventos. Ele não tinha tempo para isso!

Mas hoje ele ia dar um sacode naquele avião.  

Ele estaria de volta apenas no domingo, mas acabou a negociação antes do previsto e resolveu fazer uma surpresa para ela. 

Abriu a porta, ouviu a música tocando e as cortinas cerradas. Suellen gostava de tudo aberto… Escancarou a porta e entrou no quarto, permitindo que um feixe de luz adentra-se também no recinto e iluminasse aquele pandeiro belíssimo sob o lençol, que cobria até a cabeça de Suellen. Aahhh, devia estar com tanta saudade que dormiu para o tempo passar. Sem pensar duas vezes, fechou a porta suavemente, arrancou as roupas e deitou em cima de Sussu. Já animado, mordeu sua nuca, apalpou aquele monte do pecado e ouviu um gemido mais forte que o normal. Continuou a saga das mãos até enfia-las por baixo do lençol e, ao invés do já conhecido monte de vênus, encontrou uma haste rígida! Que loucura era aquela? 

Levantou-se abrupto. arrancou de vez o lençol e acendeu a luz! Esparramado em sua cama estava o vizinho da frente! O vizinho levantou de um pulo e correu para perto da janela. Jairson ali, parado, de olhos esbugalhados e sem entender nada! O vizinho não era gay?

Eli, o vizinho, olhou a protuberância de Jairson e arregalou os olhos enquanto soltava um “uauuu” bem meloso. Jairson, macho, irado, incrédulo reage:
– Tá fazendo o quê aqui na minha casa? Como você entrou? Cadê minha mulher?

Eli se aproxima, mansa e sorrateiramente, e fala:
– Calma, você está  muito estressado. Deixa eu fazer uma massagem em você enquanto te conto tudo.
 

E, espantosamente, Jairson deixa Eli ir tocando-o e deita na cama. Massagem vai, massagem vem, e o macho exemplar do bairro se rende ao encantos da mariposa fogosa da cidade. Até que adormece e é acordado ao berros por Suellen que, pasmem, está ao lado do seu professor da academia.

Está formado ai o barraco, que culminou com Suellen batendo em Eli, dizendo que deixou ele limpando a casa e não o marido e, por fim, aceitando o fracasso daquela relação, indo morar com o professor marombado e ele, Jairson, passando pomada para assadura em certas partes. 

Ainda doía lembrar de Suellen gritando que agora entendia porque ele não gostava de sair com ela, mas doía também uma parte de sua anatomia, mas essa era uma dor gostosa que, desde que ele tinha se aceitado e se libertado, ainda o fazia sorrir! 

Os cultos na igreja? Nunca mais foi! Ele agora ajoelhava para rezar em casa mesmo, tendo a companhia de Eli.