O bom garoto

gótica faculdade

Tinha acabado de escurecer. Todos foram para as aulas e o centro acadêmico ficou vazio. Era uma sala grande com uns sofás velhos no meio de tantas outras salas de aula daquela universidade pública de prestígio no Rio de Janeiro. Sentia-se apático. Ficou sentado no sofá absorto em pensamentos. A porta da sala abriu e uma garota muito pálida entrou. Ela olhou para ele sem rodeios e se aproximou. “Tá tudo bem contigo?”, e ele disse que não. Ela se sentou ao seu lado preocupada. “Não?”, ele continuou e sem pensar, simplesmente falou o que o afligia.

Caio estava há uma semana de fazer 23 anos de idade e não se conformava. Não sabia se aproximar de uma garota. Nunca soube. A única vez que o fizera, foi alvo de chacota no ensino médio e então, nunca mais. Quando era adolescente, mal se aguentava para terminar o colégio e entrar na faculdade. Passou mais tempo na frente do videogame e do computador do que fazendo qualquer outra coisa na época. Sabia de cor o ranking das atrizes pornôs mais cotadas, julgava que aprendia tudo por observação, mas na prática… Bem, não havia prática nenhuma. E os filmes, as histórias que a gente ouve, tudo indicava que na faculdade seria diferente.

Conheceu outras pessoas e fez amigos, passou pelo trote e, de vez em quando, tentava se aproximar das garotas. Mas nada mudara, era a mesma coisa do colégio. Sem experiência, ninguém se interessava nele e, assim, ele não criava experiência.

“Eu cansei de ver as garotas todas só se interessarem por bandidos enquanto eu, um cara legal, que quer tratá-las bem, sou deixado pra trás.” O nome dela era Marina, ele lembrou. Tinham feito Topografia II juntos num período anterior. Muita gente falava que ela era estranha, mas de perto assim, ele só enxergava seus peitos que não eram grandes, mas que eram redondos e chamavam atenção através do vestido preto.

“Desculpe, você pode repetir?”, ele pediu. Tinha parado de prestar atenção no que ela dizia quando seus olhos se fixaram no busto dela. “Eu disse: eu sei que você é um bom garoto, lembra quando me emprestou suas anotações ano passado?” Ele não se lembrava. Pareceu um sinal, e instintivamente botou a mão sobre a perna dela. Sentiu a pele gelada dela. “Você tá com frio?”, ela não respondeu com palavras, apenas o olhou com malícia. A essa altura, Caio não sabia o que fazer.

E não foi ele quem fez nada. Ela montou sobre ele. Tinha força em seus movimentos. Ela o dominava e ele apenas tinha as mãos na cintura dela. Percebeu que a garota não vestia nada por baixo do vestido. Sentia os seios contra seu próprio peito. “O que eu faço agora?”, montada nele, ela o devorava com olhos profundos. “Nada.”

Ela se aproximou e ele conseguia sentir o hálito de bala halls preta vindo da boca dela. “Você é um cara legal, não é?”, hipnotizado Caio respondeu que sim, era. Seu pênis ereto encostava em Marina ainda com a calça jeans os separando. “E um bom garoto? Me diz, você é um bom garoto?”

Antes que ele pudesse responder, uma onda de prazer se espalhou pelo corpo de Marina, sentiu-se molhada, os mamilos enrijeceram enquanto cravava seus caninos tão longos quantos os de um lobo no pescoço de Caio. Bebeu todo aquele sangue quente e tolo sem desperdiçar uma gota.