Mas queriam andar juntos. Um casal que se preze, mesmo mantendo a individualidade e o respeito mútuo ali entre o espaço de um e as atividades pessoais do outro, tem o prazer da companhia e da partilha, antes que este também se esvaia aos poucos, como neblina em dia frio e recém-nascido.
Estavam juntos nos planos, fazendo listas, enumerando projetos e cuidando para que quando as pausas no relacionamento já fossem muitas, o tempo fosse maior, mas seguro, assertivo e claro para quem visse de fora.
Davam-se bem, embora fossem muitos aqueles que usassem e se aproveitassem dos dois sem dó e bom senso, a seu bel-prazer, amigos da onça, sapos que chiam onde não devem e acabam desgastando qualquer relação menos madura e fortalecida.
E assim, mesmo tendo estabelecido há tanto tempo uma boa convivência, foi cada qual para o seu lado. Entretanto, a separação não foi pacífica. Ela, a vírgula, deixou frases no ar, períodos sem compreensão, quebrou o pau e os paralelismos, e cada um que entendesse o que e como quisesse.
A gramática normativa não aconselha o emprego de relacionamento tóxico após o uso de bebida alcoólica e em caso de desconhecimento das regras de pontuação. Entre Bechara e Celso Cunha ninguém meterá a colher. Exceção: Lugar apropriado entre página e outra. Nele toda pirraça, substituição, suicídio, subversões e afins estão liberados. Penetra nele surdamente, contudo sem esquecer que dali, ninguém sai sem antes morrer.
Adorei!!! E fico com Bechara… kkkk Grande abraço!
Gosto dos dois! Rs.
Gratidão, amigo!