Segundo a pediatra da Saúde no Lar, Cláudia Drumond, a “maternidade real é aquela vivida diariamente por mães, com suas imensas dificuldades e as responsabilidades em cuidar de uma criança, envolvendo muito mais do que apenas amor à prole. Há também o desgaste emocional, físico e mental”.
Endosso o conceito e acrescento que esses desgastes se iniciam na gestação, quando a mulher sofre alterações nos seus hormônios e no seu corpo. Exames médicos prévios à concepção e o controle mensal no período pré-natal evitarão transtornos até o parto. Após o nascimento, o apoio familiar do pai e dos avós maternos ou paternos serão importantes nos primeiros meses para ajudar nos afazeres domésticos e cuidados ao recém-nascido.
Maternidade é vida e como será esta nova vida? Fiz uma prosa com este título e vou, aqui, adaptá-la em conto.
O seu berço será “de pobre ou de rico” e sua primeira palavra será mamãe ou papai? Seu primeiro dentinho e, após várias quedas, seus primeiros passos, com direito a fotos e registro em um livro especial de lembranças. Sua primeira travessura e seu primeiro castigo. Seu primeiro aniversário com bolas, doces e o tradicional bolo confeitado, o cântico dos parabéns e a velinha para o sopro da aniversariante que a família espera seja repetido todos os anos…
Sua infância, em casa ou em uma creche? Seu primeiro desenho ou garrancho, aprender o alfabeto e que alegria ao escrever seu nome pela primeira vez. Uma festa ao receber o seu primeiro diploma…
O tempo vai passar e, rapidamente, a puberdade chegará. Filmes de desenhos animados, bonecas e/ou bonecos de super-heróis da Marvel e o “esconde-esconde” serão substituídos, aos poucos, por games, celulares e festinhas…
Vida que segue. Na mocidade, se uma faculdade for complicada por problemas financeiros, ser técnico(a) em alguma área de trabalho suprirá suas necessidades. O primeiro romance, os primeiros sonhos. Se menina encontrar o seu “príncipe encantado”. Se menino, enfrentar desafios para vencer o que julga ter aprendido mas que somente o tempo aprimorará…
Casamento. Hora de se tornar mamãe ou papai. Semear uma família. Em sequência, chegará a hora de ser vovô ou vovó. O tempo não para e apenas duas certezas: que esta vida cumprirá seu destino na Terra e que esta será sua última morada.
Termino este conto citando a célebre frase escrita por Coelho Neto no século passado: “SER MÃE É PADECER NO PARAÍSO”.
Parabéns!!!