Embora répteis, cavalos e mamíferos também sejam animais de estimação, os cães lideram o ranking (58.1 milhões), seguidos das aves e gatos (27.1 milhões), peixes (20.8 milhões). Os dados são do Censo Pet 2021 do Instituto Pet Brasil (IPB).
A frase “O cachorro é o melhor amigo do homem” foi proferida pelo advogado americano George Graham Vest durante um julgamento em 1870. Graham foi contratado por um fazendeiro que acusava seu vizinho de matar o seu cão de estimação. Segundo várias testemunhas, o vizinho era declaradamente inimigo do cão e do seu dono, bem como o de ameaçá-los de morte várias vezes. A frase, dita pelo advogado durante o julgamento, comoveu um júri e o juiz que, percebendo a dimensão do fato e a relação de amizade existente entre o homem e o cão, condenou o assassino com multa e prisão. Já o melhor amigo da mulher é o diamante. Historiadores da mitologia grega afirmam que, a ponta das flechas do cupido (Amor) eram feitas de diamante. Assim, o diamante se tornou um “símbolo do amor eterno”.
Tive duas cadelas quando morei em uma cobertura de um condomínio situado um pouco depois do antigo zoológico no Rio de Janeiro. Eram dois andares. Uma escada tradicional nos levava para a cobertura, onde uma piscina redonda, um pequeno jardim e uma churrasqueira completavam o ambiente. A esposa e nosso filho caçula gostavam de cães e, uma delas, a Lua, morava conosco. Nos fins de semana, íamos de automóvel para Mauá, distrito de Magé, onde tínhamos uma casa com acesso externo para um terraço. E a Lua, claro, viajava conosco. Uma vira-lata com feições e porte de pastor alemão. Viajava no banco traseiro com o focinho próximo ao meu pescoço quando eu dirigia. Com tamanho e cara de pastor, podíamos deixar as janelas do carro abertas, pois ninguém se atrevia a aproximar-se da gente, muito menos assaltantes. Não poderiam prever que era inofensiva, dócil e carinhosa, mas não iriam “pagar pra ver”.
Ao nos aproximarmos da casa, sempre escutávamos latidos e sabíamos de quem. Ela nos aguardava no portão da garagem, dando saltos e abanando o rabo. Esta segunda cadela tem uma história. Logo nos primeiros fins de semana após comprarmos a casa, uma vira-lata com poucos meses de vida não saía de perto da parte externa do portão, latindo muito. Principalmente com fome, mas porque também queria ter um espaço e um dono. Nos comovemos com o fato e decidimos, nos primeiros fins de semana, somente alimentá-la. Depois, resolvemos adotá-la. A Lua aceitou e ficaram amigas, até nas brincadeiras. Depois de pensarmos muito, decidimos deixá-la “tomando conta da casa.” Espalhamos tigelas com leite, rações e água no terraço, suficientes para o período de segunda à quinta-feira. Decidimos também lhe dar um nome: Fifí. Passamos a semana toda preocupados se a encontraríamos bem em nossa próxima ida. Graças à Deus, escutamos seus latidos ao nos aproximarmos da casa. Tempos depois, quando vendemos a propriedade, ela veio na bagagem conosco. Mesmo com rivalidade e momentos de brigas, algumas sangrentas ocasionadas por ciúmes, conviveram na cobertura até o fim de suas vidas.
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