No princípio era só uma pedra preciosa, distante…
Depois um nome, bonito, pomposo, diferente.
Entretanto, logo se fez o homem, galante, culto, leal, amigo, amante, como o próprio nome sugere.
Ela abandona a caneta sobre o caderno espesso… Já era a décima página que iniciara e desistia sem concluir.
Ela se levanta e olha em volta… Ele está ali, pode senti-lo nas paredes, na cortina… Na mesa do café em comum… Ah, aquela cafeteira… Que insistia em aplaudir e fingir pirotecnia ao aprontar o “coffee break”… Ela o via até quando olhava o teto e notava a falta do forro que adiavam em terminar porque precisavam sair, sempre que juntos… E viver!
– Amanhã a gente resolve isso!
Contudo, não houve amanhã!
Havia ainda tanta dor em suas saudades que as palavras não suportavam, não davam conta… E aí, sangra, fere, mata.
– Mata? Quem dera!
Só permite sofrer, purgar a soma de todos os pecados do mundo; sem esperança de absolvição.
Em completo êxtase ela anda a casa… Ao seu lado, pois ele está ali, no ar, na brisa que invade pelos pequenos vãos da janela cujos vidros ficaram guardados pois precisaram sair… Isso quando sair… A cama também era muito confortável, tal um playground… E tinha o beijo ao amanhecer e os carinhos que o sucediam.
Mas, em meio à dor, cai, como um tênue fio de mel, as lembranças!
Sim!… Dos beijos! Dos sorrisos!… E foram tantas as felicidades, as alegrias, que até parece irreal este suplício.
Hoje, quando olho pela fresta e vejo meu passado tão presente, percebo que ele nunca seguirá.
Estará presente em suas obras, em nossos feitos, na minha assinatura e até depois dos depois.
Porque, como todos sabem…
O Diamante é eterno!
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