Viro, reviro, saindo e entrando… suando e molhando… até me derramar perdido, sem sentido. Na boca arregaço, deslizando, insano… uma busca, um prazer. Torço, abraço, atiro, me afasto… Acho que insano, ou talvez despercebido. Nem sei onde posso parar; meus dedos lambuzados ao sabor do desejo. Eu quero só descobrir e não descrever. Aliás, chego a sentir apertadinho, macio e na beirada todo molhadinho, igual quando era lá em casa…
E eu… eu grito, afago, aninho. É outro sabor… no mesmo sabor, um sentimento cada vez descendo fundo.
Me curvo, agarro, nos mordemos, nos amamos, percorrendo de qualquer jeito – Tudo nascendo. Tranquilo, mas cheio de vontade. Ainda com um pouco de tremedeira nas pernas. Parece mais uma engraçada espécie de loucura.
E, de vez em vez, me afastando devagar, alisando com os dedos pelas brechas, num impulso, eu expulso: sequer consigo botar sentido.
O absurdo desejo. Não me lembro de outro. O sabor inteiro me segura, penetra, me aperta, enlouqueço.
Gozamos.
Eita, doideira boa! Fazia tempo que eu não comia um pão doce de padaria escondido assim.
Deixe uma resposta