orelhão

Há vida fora das redes!

Apesar de trabalhar com produção cultural e comunicação social, decidi retomar  minha “antiga vida”. Tenho cinquenta e tantos anos de idade e 35 de profissão. Minha geração sempre produziu (felizes e livres), sem a tal “rede”. Nossas ferramentas eram: máquinas de escrever, telefonemas em “orelhões”, fontes de informações e recortes de jornais. Depois das reuniões de pauta, rolava aquele papo no boteco e cerveja gelada. Ao final, jogo de purrinha para decidir quem pagaria a conta.

Retomar as rédeas e me relacionar presencialmente, sem as “mídias sociais”, foi uma decisão baseada em pesquisas sobre os males de se tornar refém da internet. Óbvio que não voltarei para a idade da pedra, apenas serei mais seletivo e dono do meu tempo. Outra coisa: o celular ficará menos tempo na minha companhia. Essa decisão é uma questão de saúde mental e qualidade de vida. Certamente terei mais tempo para visitar amigos e familiares. Olhos nos olhos, leitura de livros, teatro, cinema, passeios, brincadeiras lúdicas (dama, baralho,  sinuca, futebol e parquinho com os netos). Os verdadeiros amigos saberão onde me encontrar.  

Qualquer emergência é só enviar um telegrama ou dar um “like” tocando a campainha da minha casa. 

PERDÃO, dona NET. A senhora está sendo deletada. Eu a procurarei sempre que considerar necessário.