Numa noite de lua cheia, perfumei meus cabelos com um shampoo de ervas e banhei – me com óleos essenciais afrodisíacos que não usava fazia tempos. Naquela noite, eu estava decidida a entrar por caminhos nunca antes percorridos, queria ser devotada e devorada tudo de uma vez só. Fui ao encontro daquele que durante o dia todo me fez ter pensamentos nada convencionais.
Ele fez dois tipos de olhares quando me viu: um de afeto e, logo em seguida, um olhar devasso como se tivesse me despindo ali mesmo. Eu me senti uma obra de arte, uma deusa sendo admirada e já nem sabia onde começava a parte mundana e terminava a sacra. Ele disse que para ele eu era sagrada, santa, profana tudo numa mulher só.
Nos afogamos um no outro, ali mesmo, na escada da casa onde um lindo jantar fora preparado para me receber. Antes do lindo jantar romântico, no entanto, tive o anseio repentino de oferecer meu banquete de deusa.
Ele aceitou de bom grado, me puxou pela cintura e tocou no meu ponto mais sensível fazendo com que as águas do meu corpo se movimentassem na direção dos seus dedos.
Ele também era um deus, desses que mergulham de cabeça e se deleitam no prazer sem a menor culpa. Eu era Afrodite e ele Dionísio.
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