Ele pertencia a aldeia indígena ‘Xinguei’, uma Aldeia vizinha a do ‘Xingu’. Os índios da aldeia ‘Xinguei’ só se comunicavam por palavrões. Gostavam de caçar veados e diziam que aqueles bichos tinham um ‘puta’ sabor. A aldeia ficava localizada no cu da Floresta Amazônica e ele, por ser um silvícola raiz, só gostava de sexo selvagem. Foi batizado no rio Purus, com o nome de ‘Pau Cabeça Roxa’.
Havia também na aldeia outros personagens de grande expressão. Um deles era o pajé ‘Pau Cabeça de Arco-Íris’. Ele era o pajé da tribo que curava todo o tipo de picaduras, desde mosquitos, até as de cobras rígidas. Ele costumava sentar sobre o doente, até que o mesmo ficasse todo mole. Quando ele acordava, bastava cuspir que já estava curado.
‘Pau Cabeça Roxa’ era mais dedicado as caças das pombas e pererecas saltitantes. Ele gostava de espetar as bichinhas e fazer churrasco com elas. Era casado com a ‘Pentelho Crespo’. Casamento esse, feito pelo cacique ‘Pau Cabeça Vermelha’.
‘Pau Cabeça Vermelha’, estava na iminência de expulsar da tribo, o pajé ‘Pau Cabeça de Arco-Íris’, porque este receitou para toda criança que nascesse naquela aldeia, tinha que mamar uma mamadeira de ‘piroca’, receita que ele aprendeu com um político da capital, e queria também mudar o nome da aldeia de ‘Xinguei’ para ‘Xin gay’
A aldeia, porém, estava correndo um grande perigo e a tribo ‘Pataxóta’ estava quase sendo dizimada, tudo por causa dos garimpeiros, que além de levarem o ouro, poluírem os rios, desmatarem a floresta, ainda engravidavam as índias e depois queriam pagar as pensões com espelhinhos e batons que eles traziam da Cidade Grande. Algumas moças da aldeia até seguiram esses usurpadores e foram para a Grandes Cidades e acabaram virando ‘Índia de Programa’.
Quem não gostava nada disso era o ‘Pau Cabeça Roxa’. As índias da aldeia estavam indo embora e a ‘Pentelho Crespo’ não podia ter filhos. ‘Pau Cabeça Roxa’ até tentou com o pajé, porém não deu muito certo. Por esse motivo a tribo ‘Pataxóta’ com o tempo acabou sendo extinta e o único sobrevivente foi o pajé, que hoje atua na organização da passeata ‘Arco-Íris’ para ver se ainda resgata algum membro, para que ele possa cuidar com suas sentadas.
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