Foi em maio de 2025 que os primeiros casos começaram a surgir nos Estados Unidos. As pessoas esqueciam o próprio nome, suas preferências, seus sonhos. Um apagão de memórias. Às vezes de ações rotineiras, como dirigir, cozinhar e tocar um instrumento. Para alguns, o esquecimento atacava de uma só vez. Acordavam sem saber quem eram, onde estavam e quem era a pessoa ao lado. Outros eram acometidos da síndrome recém batizada SN25 de forma parcelada, mais sutil. Inicialmente com pequenos lapsos de memória que gradativamente iam aumentando com o decorrer do tempo. Crianças e adolescentes não eram acometidos pela síndrome. As pesquisas estavam sendo feitas, mas ainda não haviam conseguido descobrir nada, nenhuma correlação. E, aparentemente, era irreversível.
A população vivia em estado de tensão constante. Ansiedade generalizada. Seria contagioso? A mãe preocupada em não reconhecer os
filhos, o motorista preocupado em causar um acidente caso se esquecesse de como frear ou passar a marcha. Nas redes sociais intensificava-se um movimento que priorizava o imediatismo, a vivenciar o presente sem a preocupação com o amanhã. E as consequências foram devastadoras.
Outros valorizavam cada momento, resgatando o passado e ressignificando o presente. Como era o caso de João Pedro e José Antonio, mais conhecidos como os palhaços Risoli e Coxinha. A família estava ligada ao circo havia três gerações. Já estavam aposentados do picadeiro. Reuniam a grande família nos fins de semana e relembravam através de fotos, vídeos e conversas, os muitos momentos da trupe.
Atendendo o chamado do coração, resolveram improvisar um espetáculo no bairro de Austin, onde boa parte da família morava. Foi um sucesso. Os olhos brilhantes e sorrisos sinceros não eram apenas dos pequenos, mas também dos pais, mães, tios e tias que os acompanhavam. Criaram uma escola de circo para transmitir o seu legado.
O que eles não sabiam era que os momentos de riso e alegria estimulavam o cérebro. A dopamina, serotonina e outras substancias, além de oferecer uma proteção para a rede neuronal em relação à síndrome SN 25 contribuía para a reversão dos quadros de esquecimento. A grande descoberta só foi feita alguns anos depois por alguns cientistas brasileiros na FIOCRUZ, no Rio de Janeiro, e revolucionou o tratamento da síndrome. E por ironia do destino, um dos cientistas chamava-se Benjamin em homenagem a Benjamin de Oliveira, considerado o primeiro palhaço negro do Brasil. Benjamin era neto de João Pedro, o palhaço Risoli. A palhaçaria, magia milenar, era uma arte de mãos dadas com a ciência. Pura revolução.
Amei a referência à Austin!!! ❤❤❤
A Ciência brasileira mais uma vez salvando o mundo!
Dá-lhe negacionistas!
Amei!!!!
Show!
Adorei! Ciência e arte juntas! Não tem como dar errado.
Incrível conto, Nice. Você faz falta!!! Parabéns.
Muito legal prima. Vc merece, muito sucesso!
Obrigada Prima!
Oi Nice esse conto foi espetacular abordando tema em que estamos vendo ao vivo, esquecimento e carência de felicidade e risos, gerando esquecimento . Parabéns 👏👏
Fala Bollmann! Também sinto falta de estar com vcs! É uma terapia. Uma injeção de inspiração quando saio daí. Tentando me organizar pra não perder mais nenhum Aleatório. Forte abraço!
A alegria realmente protege do apagão e protege a mente e o coração 💓 Amei
Obrigada!
Parabéns, Nice! Conto maravilhoso! Rememorar situações boas deveria ser uma ação constante em nossas vidas, haja vista o tanto de maldade que nos assola.
Parabéns, excelente e reflexão para os nossos dias. Grande beijo querida Nice 🥰😍
Amei Nice. Esse tem sido meu movimento! Do riso, da leveza, da natureza. Ampliando exponencialmente a memória e o sentimento do coração, interessante equação.