Abri o Whatsapp, deparei com uma mensagem do Pako: — Amigos escritores, o próximo tema da oficina literária de contos será: “A vida após a morte”.
Fui tomado por um vazio de inspiração, como escrever sobre o quê não conhecia?
Formulei um argumento, comentei com o Moduan, troquei e-mail com o Jonathan, interpelei a Sil, solicitei a opinião do Thiago, reivindiquei a suavidade da literatura da Charlene; levei meu coração para o Lafayete escutar e deslizei os dedos no teclado do computador.
Acionei o Word, reuni umas letras, compus uns parágrafos, observei a coesão — entrei de sola no tema — procurei ser coerente, constitui uma lauda, correspondi às regras da life.
A companheira Rosete, minha crítica literária, debruçou os olhos no texto produzido; ponderou, sugeriu, liberando a divulgação.
Ratificada a construção textual, copiei, colei no e-mail, enviando ao Carlos em seguida.
No dia do evento, recebi aleatoriamente, faltando dez minutos do início da atividade, um conto, sem identificação; prática corroborada pelo Grupo Aleatórios.
Li, no meu tempo, com afinco, respeitando a arte da palavra: respirei, pausei a pontuação, terminei a leitura.
O tempo rolou, escutei, atenciosamente, um conto melhor que o outro, um desfile de criatividade. Emocionado, interpelei, comentei…
Veio o voto, tarefa difícil, escolher o mais impactante; costuramos a conversa, escolhemos o texto a mim confiado.
A reunião revelou o ganhador da noite, tratava- se do ilustre escritor, o querido Rafael Diamante.
O Grupo pasmou, porque Rafael havia morrido, anteriormente, à proposição do exercício de linguagem, mas a sua obra continuava viva…
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