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As raízes da herança africana no mundo

A África, com cerca de trinta milhões de quilômetros quadrados, cobre 20,3 % da área total da terra firme do planeta. É o terceiro continente mais populoso da Terra com cerca de um bilhão e trezentos e quarenta milhões de habitantes (ONU, 2019) representando 1/7 da população mundial. Ainda, possui 54 países independentes sendo 21 deles considerados os mais pobres do mundo. Paradoxalmente, Angola e África do Sul são os países com o maior PIB da África. Possui o maior deserto (Saara) e também um dos maiores rios, o Nilo. O idioma mais falado é o árabe. Os africanos se comunicam também através de centenas de outras línguas e dialetos, inclusive o português, falado em Angola.

O título deste encontro sugere que se escreva algo da herança exercida ou deixada da África para outros continentes ou, especialmente, para algum país desde sua existência geográfica após a divisão de um super continente denominado Pangeia, há 300 milhões de anos. Era uma enorme massa de terras emersas que continha todos os continentes hoje conhecidos unidos em um só bloco, correspondendo a aproximadamente 1/3 da área da superfície terrestre. 

No Brasil, a herança africana deixou suas raízes em todos os sentidos. Em nossa língua, cultura e em alguns costumes. Em nossa língua, palavras como fubá, moleque, macaco, entre outras. O uso de vestimenta colorida, cheia de detalhes e acompanhado por colares de diferentes tipos. Na música, uma infinidade de instrumentos musicais como o agogô, o berimbau da capoeira, o afoxé, o tambor, o atabaque, a cuíca, maracas, marimba e alguns tipos de flauta. Na música, o samba, o axé e o maracatu. Na religião, os africanos trouxeram para o Brasil principalmente o candomblé e a umbanda que mistura elementos do candomblé com o espiritismo kardecista. Herdamos vários alimentos da cultura africana: o leite de coco da Bahia, o azeite de dendê, pimenta malagueta e o feijão preto. Com eles, aprendemos a fazer acarajé, vatapá, caruru, mungunzá, angu e pamonha. 

Finalmente, não posso deixar em branco neste conto meu repúdio a qualquer tipo de racismo e/ou discriminação, cada vez mais presentes no mundo, com graves ocorrências e intercorrências político/econômicas em um país ou entre dois ou mais países. A beleza, o caráter, a inteligência, o amor e a solidariedade independem de qualquer etnia. Embora com genéticas e tipos sanguíneos diferentes, somos todos irmãos. Encerro com dois provérbios africanos sábios:
“Para quem não sabe, um jardim é uma  floresta.”
“Quando não há inimigos internos, os inimigos externos não podem nos ferir”.