Sophia era uma menina muito corajosa durante o dia. Ela adorava brincar com seus amigos, explorar o jardim e até mesmo ajudar sua mãe na cozinha. Mas quando a noite caía e as sombras começavam a se espalhar pelo seu quarto, a coragem de Sophia parecia desaparecer.
Era nesses momentos que os medos se aproximavam, como sombras escuras à espreita. No canto do quarto, o armário se transformava em um esconderijo para monstros imaginários, prontos para saltar e assustar a pequena menina. E o bicho-papão, com seus olhos brilhantes e sorriso malicioso, parecia espreitar por baixo da cama, esperando o momento certo para dar um susto em Sophia.
Mas o maior medo de todos era o Homem do Saco. Diziam que ele era grande e assustador, com um saco enorme onde ele carregava as crianças desobedientes. Sophia não sabia ao certo como ele era, mas toda vez que ouvia um barulho estranho do lado de fora da janela, ela se encolhia debaixo das cobertas, tremendo de medo.
Numa noite especialmente escura, quando o vento uivava lá fora e as sombras dançavam no quarto de Sophia, ela decidiu enfrentar seus medos. Com o coração batendo forte, ela saiu da cama e acendeu a luz, iluminando cada canto do seu quarto. Ela abriu o armário e olhou dentro, vendo apenas suas roupas e brinquedos.
“Não há monstros aqui”, sussurrou para si mesma, tentando acreditar nas próprias palavras.
Então, com um salto corajoso, ela se abaixou e olhou embaixo da cama. Não havia nada além de poeira e alguns brinquedos esquecidos. O bicho-papão não estava lá.
Finalmente, com um suspiro de alívio, Sophia foi até a janela e espiou lá fora. Não havia sinal do Homem do Saco, apenas as estrelas brilhantes pontilhando o céu escuro.
Com um sorriso de triunfo, Sophia voltou para a cama e se aconchegou debaixo das cobertas. Ela descobriu que, mesmo quando os medos parecem grandes e assustadores, a coragem está sempre lá, pronta para ser encontrada dentro de si mesma.
E assim, com sua coragem renovada, Sophia adormeceu, pronta para enfrentar qualquer desafio que o novo dia trouxesse.
É preciso, sem dúvida, vencer medos da infância e da idade adulta. Parabéns pelo conto.