Alan Bick de Carvalho Manso não queria ter um caso com Maria dos Prazeres, mas aquele beijo e aquela situação no sofá da casa de Azzamor o instigara. Gostava do amigo, mas ela havia dito que precisava de ajuda para salvar o seu casamento. Claro que ele não entendeu como uma traição seria esse recurso, mas curiosidade de conhecer uma mulher fogosa, ardente e bem devassa. Parecia ser o caso. Chegar até ele, sem calcinhas, com o marido bem próximo, pareceu um bom indicativo, mas era ledo engano. Apenas um ardil.
E, aconteceram outras vezes, quando se entregavam aos prazeres; deixando-se apossar por Dionísio; de piadas, causos e vinhos, onde ela, furtivamente, o marido, ali, à mesa, com um dos pés, acariciava o pé do abestado do Alan. À guisa de resolver uns problemas no centro de uma cidade vizinha, ela chamou Alan, pois Azza não poderia faltar ao trabalho. O curioso é que marcaram no meio do caminho. Alan deveria apanhar o mesmo ônibus em que ela passaria. Ele achou bem estranho e, mesmo com todas as possibilidades de um “minorme” desencontro, topou. Não é que deu certo? Era uma segunda-feira. Rodaram procurando uma boca de álcool, mas estavam fechadas. Entraram em um shopping no centro e lá descobririam uma, escancarada. Corria o tempo dos tais “litrões”, que só tem um litro, mesmo. Conversaram e beberam. Ela lhe confessou de suas vontades, liberais de ser possuída por dois homens… Ou mais! Alan lhe contou de suas incursões no assunto, falando sobre gangbang, ménage, swing e tudo mais, quando, ele, mais jovem. No entanto, disse que há muito não participara de tais devassidões. Acertaram de ir a um motel. Na entrada, ela pediu que ele segurasse na mão dela. Claro, né? Ele adorou pois ama andar de mãos dadas.
E aconteceu! Até tomaram banho juntos… Na saída do motel, ela confessou que precisava de um amante. A despeito de gostar de Azza, entendeu a gravidade dos conflitos entre eles, mas se negou em ser esse amante. Disse apenas que a ajudaria a encontrar um cara legal para sê-lo.
E seguiram cada um para o seu lado, mas aí já não havia um comportamento limítrofe entre os dois. Eram amantes. Casuais, mas sim. E marcaram outras vezes. Em Gramacho. Era bem tranquilo. Tinha uma boca de álcool perto da rodoviarinha, onde se encontravam, bebiam, riam, choravam… E depois seguiam para o motel! Uma dessas vezes, tirando onda com a depravação dela ofertada pelo álcool e pelo seu furor. Ardentes. Ele fez umas fotos, por debaixo da mesa onde, de saias, abria as pernas e puxava a calcinha para o lado. Ai!… Delícia!… Mas, essas fotos sumiram! Sumiram do celular!… E o bar fechou. Alan tomou o cuidado de que “ninguém” percebesse o seu ensaio “fodográfico” mas… Será que essas fotos vazaram? Eram só fotos de… “Bututa”… E elas são todas iguais, ou não? Claro que não!… Alan sabia disso! A dela era linda!
E, como já disse… Um dia Azzamor “meteu o pé!… Partiu!… Escafedeu-se!”… Rumo ignorado. Ela lamenta… Os dois lamentam. Ela pediu um tempo! Disse que queria pensar, refletir… Seis meses, ao menos. Mas, menos de uma semana ela o convidou para ir a à casa de uma amiga fazer um pagamento. Não era longe e foram andando… Ele vislumbrava a possibilidade de ficar com ela. Queria apanhar sua mão e caminhar de mãos dadas… Mas ela, resoluta, aparentava não querer. Ele se resignou a vaga de “amigo”. Alguma coisa mudara… Nele… E nela!… Ele se apaixonara… Ela arrefeceu!
Falar em mudança… Com a arrancada de Azza, ela resolveu mudar de endereço também… Disse que ele morava naquela casa!
E foi morar “float-on”… Sozinha e independente… E foi aí que começaram a começar o início dos problemas! Alan cada vez mais apaixonado. Ela cada vez mais fria… No entanto, ainda com aquelas pulgas atrás da orelha sobre atividades orgíacas. Alan descobriu que ela queria, sim, experimentar, ainda no tempo de Azza… Os dois conversaram sobre, no dia em que foram comer uma macarronada na casa de Alan. Mas chegaram à conclusão de que Azza, pudibundo, jamais toparia. Lembraram de um dia em que, Maria e Azza, amanheceram na casa de Alan e o café da manhã foi em uma boca de álcool ali perto, de um ex-jogador de futebol, sisudo. Lá, Azza, por duas vezes citou a palavra “ménage à trois”… Mas, não lembram em que contexto! Seria um vislumbre? Pensaram que sim e Alan indicou alguns filmes que “relavam” nessa situação para assistirem juntos e ver a reação do marido. Nunca assistiram!
Agora, sozinha, Alan passou a frequentar mais sua casa. Mas sempre como “amigo”, é bom frisar. Sempre como hoje chamam “pica amiga”… E ela insistia em “meter” com dois homens. Imbuído em satisfazê-la, o abestado do Alan começou uma via crucis de “filtrar” nomes de prováveis candidatos a comerem sua “melhor amiga”. Ele conhecia um casal que dava “aulas” na internet sobre relações liberais. E passaram a acompanha-los. Bebericando e pestisquiando. Depois, ambos excitados, entregavam-se. O citado casal mantinha um local para encontros destes voluptuosos. Quiseram ir. Foram. Alan tivera uma vida devassa mas casual, nada profissional. E, então, ali seria como uma primeira vez. Pra ela, era! Não foi muito bom. Entregaram-se ao “open bar” e se perderam. Dois perdidos numa noite suja. Ops! Ficaram de voltar, mais sóbrios… Mas, nunca o fizeram.
Assistindo ao casal da internet descobriram que, no início, o marido havia proposto relacionamento aberto à esposa que depois de um ano resolveu, mas que seria apenas ménage masculina. Ou seja, o marido ficaria chupando os dedos! Maria adorou a ideia e queria assim, também. Alan não achou muito justo, considerando que o casal da net tinham iniciado há trinta anos e hoje já faziam o swing “tradicional”.
Uma noite de cantoria em uma “boca”, bem à sorte, um homem se inseriu na mesa à cata de Maria. Trocaram números e ele a assediou por alguns dias até marcarem… Na casa dela! O cara havia dito que era casado, mas não estava bem com a esposa e dormiam separados. Alan “sugeriu” que “… “e se ele trouxesse a esposa?” Pra quê?! Motivo de briga!
Ela se arrumou toda. Comprou calcinhas novas. Mandou fotos para o celular de Alan, que guarda até hoje. Comprou vinhos e outras bebidas… E petiscos. Naquela noite, Alan, ressabiado, parecia o gerente do parque de diversão, esperando a petizada chegar para se divertirem. E que tivessem excelente diversão… Mas, tomara que o brinquedo quebre!… E quebrou!… Mas isso fica para o próximo episódio!
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