No início eles eram muito apaixonados um pelo outro, até que o Ponto resolveu dar um tempo, fazer um parágrafo. Dizia que não mais se combinavam. Vírgula não se conformou com essa separação e passou a fazer pausas entre uma oração e outra. Ficava eliminando as ambiguidades e esclarecendo todos os conteúdos das frases. Enfim, passou a viver quase de explicação.
Ponto por sua vez, se largou no mundo e começou a finalizar as frases declarativas, imperativas, afirmativas e negativas. Depois que se separou da Vírgula, despirocou. Queria finalizar tudo que aparecesse. Quase um assassino de ideias.
A Exclamação e o Verbo, que foram padrinhos de casamento daqueles sinais gráficos, não se conformaram com aquela desunião e propuseram uma reunião em coletivo com o Substantivo, o Adjetivo, o Advérbio, a Interrogação, as gêmeas Aspas… Convidaram até o Plural e o Singular, que andavam em desacordo por causa das controvérsias nas quantidades, mas a causa era justa: Precisavam reconciliar aquele casal. Foi quando a Exclamação, depois de conversar com o Hífen e com o Colchete, teve uma ideia: ‘Porque não mostramos a eles que dá para coexistir, sempre que houver uma necessidade de uma pausa maior que a Vírgula, e menor que um ponto? Eles juntar-se-iam de modo a clarear as ideias e organizar os itens. E o casal poderia até se chamar Ponto e Vírgula.’
Pronto! Todos se olharam estupefatos, admirando a genialidade da Exclamação e gritaram uníssono: Oh!!!!!!!!!!
Depois disso, o casal continua junto até hoje e já nasceram inúmeras reticências…
Deixe uma resposta