Atrevida sempre fui. Inconsequente sempre quis ser, mas nunca consegui. Viver sempre me foi muito agradável e sempre celebrei a vida.
Seguia o fluxo dos que conviviam comigo. Ia tentando me adaptar, me adequar pelas várias “tribos” pelas quais circulava. As pessoas pareciam gostar da minha presença: ouviam, curtiam, se divertiam comigo. E eu com elas. Sim, houve um tempo que foi muito bom: a infância feliz, a adolescência desfrutada com os amigos, a realização profissional, a família constituída a partir de mim, a oportunidade de fazer escolhas… Não digo que sempre foi fácil, muito pelo contrário. Mas sempre driblava as adversidades. Sempre fui considerada uma guerreira. E lutei! O quanto pude, eu lutei!
Seguia o fluxo dos que conviviam comigo. Ia tentando me adaptar, me adequar pelas várias “tribos” pelas quais circulava. As pessoas pareciam gostar da minha presença: ouviam, curtiam, se divertiam comigo. E eu com elas. Sim, houve um tempo que foi muito bom: a infância feliz, a adolescência desfrutada com os amigos, a realização profissional, a família constituída a partir de mim, a oportunidade de fazer escolhas… Não digo que sempre foi fácil, muito pelo contrário. Mas sempre driblava as adversidades. Sempre fui considerada uma guerreira. E lutei! O quanto pude, eu lutei!
Porém, o tempo parece ser muito cruel. Ele atua permanentemente em nossas vidas. Pelo menos na minha tem sido assim. Sinto falta dos amigos por perto, mas sei que fui eu que me afastei, não consigo mais interagir como antes. Minha “cabeça” não acompanha meu corpo. O que digo não parece mais ser compreendido. Pego-me, constantemente, falando com as “paredes”. E o riso agora sai em forma de choro.
Parece que as coisas vão perdendo a graça, o sentido. A sensação que tenho é a de não mais ser convidada para os acontecimentos da vida. Nem peço mais licença para viver.
Se ainda importa, sou Maria Consuelo Fuentes e, atualmente, sinto-me uma penetra nessa existência.
lindo, expõe sentimentos!! Necessário!!!