Chico é um cara muito gente boa. Mas sabe uma pessoa gaiata, animada, que todos querem como amigo? É o Chico.
O lado gaiato ficou registrado na minha memória depois que ele me convidou para um churrasquinho na casa dele.
Fazia tempo que a gente não se encontrava. Mas um dia ele me ligou. Eu preferia que eu tivesse ligado. Mas foi ele. Queria que fosse eu porque sentia saudades dele e fazia um tempão que a gente não se encontrava. Mas foi ele. E fiquei feliz. Fiquei feliz mas fico me perguntando porque não o convidei antes.
Enfim, após seu telefonema ficou combinado o churrasquinho de camarão na casa dele. Ele sabia que eu amava camarão. E como nunca havia participado de um churrasco de camarão, fiquei muito animado. A cerveja seria por minha conta.
No dia marcado, lá vai eu todo animado.
Foi muito legal rever o Chico, meu amigo que há muito não via. E o fato do churrasco ser de camarão, que eu adoro, foi um ponto a mais para nosso reencontro.
Chegando ao local, Chico veio ao meu encontro com aquele abraço acolhedor. Foi me apresentando a todos os presentes com toda a consideração que os grandes amigos tem um pelo o outro. Rolava um forró como fundo musical. E caminhamos abraçados até a churrasqueira. O cheiro estava gostoso. Parecia que o tempero do churrasco foi bem caprichado. E lá vou eu saborear um churrasquinho de camarão com meu amigo Chico. Qual não foi a minha surpresa ao dar de cara com a churrasqueira? Só de lembrar já caio na gargalhada. Percebendo meu espanto ao ver a churrasqueira cheia de pescoço de galinha , Chico me solta essa:
– Fala aí, meu irmão, depois de assado não parece camarão?