Era o mais esmirradinho da ninhada, pequenininho parecendo um ratinho branco e preto. Ninguém queria levar aquele gato tão feio para casa. Ficou lá, na gaiola das doações de uma loja de animais de estimação durante um tempão e nada.
Cresceu mais um pouco e o pessoal da doação de animais colocou o gatinho para fora da loja e ele ficou perambulando pela rua, durante muito tempo rejeitado pelas pessoas.
O gatinho, já maior, passava por uma calçada que costumava ficar, principalmente quando estava frio. João e seu pai passaram e viram o bichinho. O felino deu uma miadinha de leve para ver se chamava a atenção dos dois. João, ouvindo aquele miado, puxou a mão do pai e falou:
– Olha, papai. Um gatinho!
O pai, que era veterinário, olhou para o filhote e disse:
– Ele está fraco, precisa de alimento. O que acha de levá-lo para casa, filho?
– Oba! – disse João.
E levaram o bichano para casa. Alimentaram, aqueceram e deram remédios para ele que, agradecido, deu um miado mais forte e passou a cabeça na mão de João. O menino olhou bem para o gato e percebeu que ele tinha uma espécie de “franja preta” na testa. Ele tinha acabado de estudar sobre os indígenas na escola e viu que todos tinham uma franja igualzinha à do gatinho. Ele decidiu colocar o nome no bichinho de Tupã.
Tupã, o antes rejeitado gatinho de rua, o menor da ninhada, finalmente ganhou uma família que o amava e o amaria até o fim de suas sete vidas.
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