– Olha! Uma estrela cadente!
– Dizem que pode-se fazer um pedido, ao ver uma estrela cadente.
– Hum! – Ela fechou os olhos e fez um pedido. – Feito!
Ele curioso, olhou bem para ela tentando decifrar o possível pedido.
– O que você pediu?
– Não conto! É segredo.
E ficaram na parte alta do terreno onde podiam avistar o início da obra, assim juntos, jogando conversa fora para despistar o que ambos queriam e que por fim sacramentou-se futuramente quando casaram-se.
Vieram os filhos. A casa foi aumentada. As árvores plantadas firmaram-se e deram frutos. Mas, lá na parte alta do terreno, aquele espaço de contemplação se mantivera, agora com um lindo flamboyant crescido.
Mais uma vez, depois de muitas outras, puseram-se a olhar para a movimentação do céu, como quando mais jovens. Ali, o tempo tinha outra referência.
– Lembra quando só tínhamos sonhos e avistei daqui um estrela cadente? Você quis saber meu pedido, mas não contei.
– Sério?
– Ora, não lembra?
– Não é isso. Perguntei se é sério que você acha que não me contou.
– Ela riu, incrédula.
Ele retribuiu o sorriso carinhosamente.
– Se você soubesse o brilho no seu olhar aquela noite…
Ela sabia, porque era o mesmo dele, refletido. Mas, isso era segredo.
Da frondosa árvore uma flama caiu.
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